segunda-feira, 8 de março de 2010

“Nós deveríamos ocupar os Ministérios”

Publicado originalmente no jornal on-line Die Zeit, em 16 de junho de 2009, o texto pode ser acessado através do endereço: http://www.zeit.de/online/2009/25/denker-statt-banker

Na foto abaixo, os estudantes mostram um cartaz escrito: Pais ricos para todos.



Universitários bloqueiam Institutos e ruas: começa em Berlim a greve pela educação em todas as universidades
Por Günter Bartsch, Tina Rohowski e Tilmann Warnecke

Às portas do Instituto Otto-Suhr (OSI) da Universidade Livre em Dahlem, correntes, mesas e cadeiras empilhadas impediam a entrada. “A dialética de Adorno não suporta essa correria” dizia uma faixa, pendurada do lado de fora do prédio do Instituto. “Hoje, sem força e poder” dizia outra. Mais de 150 universitários e funcionários protestaram e discutiram ontem por volta do meio dia em frente ao Instituto. O OSI está bloqueado – os estudantes se manifestam contra o que consideram condições miseráveis no ensino superior.

Na última segunda-feira [15 de junho] em todas as universidades de Berlim houve protestos para a abertura nacional da “Greve pela educação 2009”. Na Universidade Tecnológica, os universitários ocuparam o prédio da Arquitetura e, após uma assembleia geral marcharam para o
Tauentzien, onde várias centenas foram barrados pela polícia. A manifestação se formou novamente na Straße des 17. Juni e chegou, no início da noite a Unter den Linden. Os cientistas sociais da Universidade Humbolt (HU) decidiram, ao meio dia, interromper suas atividades de ensino normais e retirar seus móveis para o meio da Universitätstraße. Era possível ler em cartazes: “A elite já era merda quando criança” ou “180 Milhões de Euros são o mínimo” - uma alusão às discussões sobre o ensino superior, nas quais as universidades reivindicavam essa soma adicional.

Ontem, universitários de todo país protestaram em 60 cidades. Em Hamburgo, eles bloquearam ruas; em Munique, acamparam em barracas em frente à Universidade Ludwig-Maximilian. Durante toda a semana, universitários e estudantes quiseram protestar no contexto da “Greve pela educação 2009”. O porta-voz dos estudantes da Universidade Humbolt, Tobias Roßmann, citou como principal exigência a reforma do sistema de bacharelado e mestrado. As cargas de trabalho seriam muito altas; os cursos superiores seriam muito autoritários e fechados; e o sistema de ensino na Alemanha, no todo, socialmente seletivo.

Quem quisesse entrar, ontem, no prédio da Arquitetura da Universidade Tecnológica deveria apresentar a identificação de estudante ou funcionário. Os postos de greve deixaram passar apenas cientistas – e estudantes deveriam fazer testes ou devolver livros. “Os funcionários aceitam nosso protesto, mas não o apoiam. Esse é um problema.” - diz o ativista Joshua (28). Em todas as entradas houveram violentas discussões entre os manifestantes e outros universitários, porém os postos de greve permaneceram firmes.

Na assembleia geral dos estudantes na Audimax também foi contestado o quão razoável são os bloqueios aos prédios da universidade. Entretanto, as cerca de 1200 pessoas de outras cidades, que superlotaram o salão, aclamaram. Porém, quem recebeu a maioria dos aplausos foi uma estudante que disse: “Nós precisamos ir para lá, onde a política é feita – nós deveríamos ocupar os ministérios, ir à frente do
Reichstag [Parlamento] e da Rotes Rathaus [Prefeitura Vermelha – nome dado à prefeitura de Berlim]”. Extraordinárias são as referências da Audimax à crise financeira. Na parede do auditório estava pendurado um cartaz com a inscrição: “Bacharel e banqueiro em vez de poeta e pensador”.

A algumas centenas de metros do OSI, etnólogos da FU acamparam e queriam permanecer por toda a noite. “Nós queremos discutir com os professores essa semana” - eles disseram. As frequentes trocas de pessoal impediriam uma boa orientação, a eles também faria falta um Café de Estudantes. Além disso, muitos docentes também sofreriam com a escassez financeira: cargos mal pagos de professor preocupam muitos cientistas da nova geração com más condições de vida. Contudo, muitos estudantes esfriaram o protesto: um punhado dos grevistas da OSI partiu em direção ao metrô da
Thielplatz para tomar o caminho de casa. No “centro da greve” também há pouco ainda a ser notado. Uma sala de aula está ocupada – à parte disso corre tudo normalmente.

No pátio interno da HU, durante a manhã, universitários penduraram suas reivindicações em um “Muro das Lamentações” simbólico. “Mais livros para as bibliotecas” - estava escrito em um papelzinho; “Presença deve ser facultativa”, “Docentes engajados” ou “Antes era tudo melhor”. De uma caixa de som em um balcão de informações soava uma música alta: “Bom dia, esta é a revolução” cantava a banda
Wir sind Helden [Nós somos Heróis] – um clássico, que já na grande greve pela educação de 2003 valia como um hino não oficial. Todavia, a atmosfera de protesto se mantinha dentro dos limites do pátio interno da HU. Apenas poucos estudantes são vistos. Durante a tarde, quando os protestantes soltaram balões no ar com suas reivindicações, a polícia recolheu informações dos estudantes e os dados pessoais de alguns dos participantes.

A direção da universidade, por enquanto, reage tranquilamente à ocupação. “Nós não vamos desocupar” - diz uma porta-voz da Universidade Humbolt, onde universitários qualificam o quarto andar do prédio na
Hegelplatz como um “Espaço livre para discussão crítica sobre educação”. E todos os presidentes recomendam dispensar os alunos e funcionários para a manifestação de quarta-feira em frente à Rotes Rathaus.

Para quinta-feira, os ativistas chamam para uma “Ação assalto a banco”. Assim, os universitários querem ocupar a filial do Hypo Real Estate Bank no
Charlottenburg, em Berlin. Esta seria uma “ação simbólica, da qual todos os cidadãos deveriam participar” - diz Martin Schmalzbauer do Bündnis [Partido Verde alemão], “Nós não pagaremos por sua crise” e, resignado, “Nós precisamos de mais agitação social na Alemanha”. Os pacotes bilionários para os bancos tinham mostrado “que lá tinha dinheiro suficiente para todos”. Um pacote de salvação para a educação custaria apenas uma fração do dinheiro que foi dado para os bancos.

domingo, 7 de março de 2010

Der neuere (glücklichere) Werther - O mais novo (mais feliz) Werther

Der neuere (glücklichere) Werther
(Heinrich von Kleist)

Zu L..e in Frankreich war ein junger Kaufmannsdiener, Charles C..., der die Frau seines Prinzipals, eines reichen aber bejahrten Kaufmanns, namens D..., heimlich liebte. Tugendhaft und rechtschaffen, wie er die Frau kannte, machte er nicht den mindesten Versuch, ihre Gegenliebe zu erhalten: um so weniger, da er durch manche Bande der Dankbarkeit und Ehrfurcht an seinen Prinzipal geknüpft war. Die Frau, welche mit seinem Zustande, der seiner Gesundheit nachteilig zu werden drohte, Mitleiden hatte, forderte ihren Mann, unter mancherlei Vorwand auf, ihn aus dem Hause zu entfernen; der Mann schob eine Reise, zu welcher er ihn bestimmt hatte, von Tage zu Tage auf, und erklärte endlich ganz und gar, daß er ihn in seinem Kontor nicht entbehren könne. Einst machte Herr D..., mit seiner Frau, eine Reise zu einem Freunde, aufs Land; er ließ den jungen C..., um die Geschäfte der Handlung zu führen, im Hause zurück. Abends, da schon alles schläft, macht sich der junge Mann, von welchen Empfindungen getrieben, weiß ich nicht, auf, um noch einen Spaziergang durch den Garten zu machen. Er kömmt bei dem Schlafzimmer der teuern Frau vorbei, er steht still, er legt die Hand an die Klinke, er öffnet das Zimmer: das Herz schwillt ihm bei dem Anblick des Bettes, in welchem sie zu ruhen pflegt, empor, und kurz, er begeht, nach manchen Kämpfen mit sich selbst, die Torheit, weil es doch niemand sieht, und zieht sich aus und legt sich hinein. Nachts, da er schon mehrere Stunden, sanft und ruhig geschlafen, kommt, aus irgend einem besonderen Grunde, der, hier anzugeben, gleichgültig ist, das Ehepaar unerwartet nach Hause zurück; und da der alte Herr mit seiner Frau ins Schlafzimmer tritt, finden sie den jungen C..., der sich, von dem Geräusch, das sie verursachen, aufgeschreckt, halb im Bette, erhebt. Scham und Verwirrung, bei diesem Anblick, ergreifen ihn; und während das Ehepaar betroffen umkehrt, und wieder in das Nebenzimmer, aus dem sie gekommen waren, verschwindet, steht er auf, und zieht sich an; er schleicht, seines Lebens müde, in sein Zimmer, schreibt einen kurzen Brief, in welchem er den Vorfall erklärt, an die Frau, und schießt sich mit einem Pistol, das an der Wand hängt, in die Brust. Hier scheint die Geschichte seines Lebens aus; und gleichwohl (sonderbar genug) fängt sie hier erst allererst an. Denn statt ihn, den Jüngling, auf den er gemünzt war, zu töten, zog der Schuß dem alten Herrn, – der in dem Nebenzimmer befindlich war, den Schlagfluß zu: Herr D... verschied wenige Stunden darauf, ohne daß die Kunst aller Ärzte, die man herbeigerufen, imstande gewesen wäre, ihn zu retten. Fünf Tage nachher, da Herr D... schon längst begraben war, erwachte der junge C..., dem der Schuß, aber nicht lebensgefährlich, durch die Lunge gegangen war: und wer beschreibt wohl – wie soll ich sagen, seinen Schmerz oder seine Freude? als er erfuhr, was vorgefallen war, und sich in den Armen der lieben Frau befand, um derentwillen er sich den Tod hatte geben wollen! Nach Verlauf eines Jahres heiratete ihn die Frau; und beide lebten noch im Jahr 1801, wo ihre Familie bereits, wie ein Bekannter erzählt, aus 13 Kindern bestand.


O mais novo (mais feliz) Werther
(Heinrich von Kleist)
Em L...e, na França, havia um jovem funcionário de um comerciante, Charles C..., que secretamente amava a mulher de seu patrão, um homem de negócios rico, mas idoso, chamado D... . Virtuosa e honesta, como ele a conhecia, não fazia a menor tentativa de ganhar sua simpatia; e ainda menos, pois estava amarrado ao seu patrão por laços de gratidão e respeito. A mulher, que por compaixão ao seu estado de saúde que ameaçava piorar, pediu ao marido, sob vários pretextos, para que se afastasse de casa; o marido adiava a viagem, para a qual se designara, dia após dia; e finalmente esclarecia bem, que não podia se dispensar de seus negócios. Depois de um bom tempo, o Senhor D... e sua esposa viajaram para a casa de um amigo, nos campos, deixando para trás, o jovem C..., para conduzir os negócios de sua loja. À noite, quando todos já dormem, o jovem – movido por quais sentimentos eu não sei –, sai para dar ainda mais um passeio no jardim. Ele passa pelo quarto de dormir da cara esposa e para, quieto; coloca a mão na maçaneta; abre o quarto: o coração quase lhe sai pela boca à vista da cama, na qual ela costumava descansar. Depois de alguma luta consigo mesmo, ele comete a tolice; porque certamente ninguém o observava, despe-se e deita na cama. De madrugada, depois que ele já havia dormido por várias horas em paz e tranquilidade, por qualquer motivo que aqui não nos importa, o casal inesperadamente volta à casa; e, quando o velho senhor com sua esposa entram no quarto, eles encontram o jovem C..., já meio erguido da cama, alarmado com o barulho que seus senhores provocaram. Vergonha e perplexidade se apoderam dele. E quando o casal desconcertado volta e desaparece novamente no cômodo pelo qual eles haviam chegado, ele se levanta e se veste. Vai furtivamente até o seu quarto, cansado de sua vida, e escreve uma breve carta para a mulher, na qual esclarece o incidente; e, com a pistola que ficava pendurada na parede, atira contra o próprio peito. Aqui termina a história de sua vida; mas, todavia (estranho o suficiente) só aqui ela começa de fato. Pois, em vez dele, o jovem, que considerava valioso demais para matar, o tiro veio a atingir o velho Senhor, que se encontrava no quarto ao lado, provocando-lhe um derrame: o senhor D... morreu em poucas horas, sem que a arte de todos os médicos, que foram chamados, fosse capaz de salvá-lo. Cinco dias depois, quando o senhor D... já estava bem enterrado, o jovem acordou – o tiro havia lhe atravessado o pulmão, porém sem risco de vida. E quem descreve perfeitamente – como devo dizer, sua dor ou sua alegria? – quando ele descobriu o que tinha acontecido e que se encontrava nos braços de sua amada, pelos quais ele quis se entregar à morte! No decorrer de uns anos, ele se casou com a mulher; e ambos ainda viviam, no ano de 1801, quando sua família já contava com treze filhos, como um conhecido relata.

sábado, 6 de março de 2010

Das Pferdeei - O ovo de cavalo


Essa é mais uma de tradução de uma anedota alemã. Desta vez é um texto de autor desconhecido chamado Das Pferdeei ou O ovo de cavalo.


Das Pferdeei
(Verfasser unbekannt)
Es war einmal ein Bauer, der hieß Hans, der ging in die Stadt zu Markte. Und als er da so herumschlenderte, sah er einen Händler sitzen, der hatte ein paar große Kürbisse zu verkaufen. Da fragte er ihn: "Bruder, was sind das für Dinger, die du da zu Markte gebracht?" - "Pferdeeier" antwortete der andere. "Ei, du liebe Zeit!", sagte Hans, "Pferdeeier? Die sind wohl sehr teuer?" - "Nun, bezahlen lassen sie sich noch", sprach jener, "sieh mal hier das rotbraune, das gibt einen prächtigen Fuchs und kostet nur zehn Taler!" Das dünkte Hans nicht allzu viel für einen schönen Fuchs - und schnell borgte er das Geld und kehrte zu dem Händler zurück.
Nun wollte er aber auch gern wissen, wie das Ei ausgebrütet werde; und der andere sagte ihm, er müsse es selbst ausbrüten. Und es dauere volle vier Wochen, bis ein Fohlen herauskäme! Während dieser Zeit dürfe er ja nicht von dem Ei aufstehen - und wenn er's einmal müsse, so möge er's ja recht warm zudecken. Auch solle er sich lieber die ganze Zeit von seiner Frau füttern lassen, damit er eine recht hitzige Brut habe.
Hans prägte sich alles ganz genau ein und eilte nun mit seinem Pferdeei nach Hause, wo er seiner Frau mit großer Freude erzählte, was für einen schönen Handel er gemacht habe. Er konnte kaum die Zeit erwarten, bis sie ihm das Nest zurechtgemacht hatte. Nachdem sie nun ein Bund Stroh im Stall ausgebreitet und in der Mitte eine Vertiefung für das Ei gemacht hatte, setzte sich Hans darauf - und seine Frau musste ihn füttern und noch einige Bund Stroh um ihn schütten, damit er auch eine hitzige Brut hätte.
Als nun endlich die vierte Woche zu Ende ging, da sprang Hans plötzlich auf und horchte an dem Ei und klopfte daran; aber der Fuchs wollte sich nicht rühren. Da konnte er seine Ungeduld nicht länger zügeln. Er nahm das Ei und ging damit hinters Haus, wo ein großer Stein lag, gegen den war er es. Und da der Kürbis innen schon ganz faul war, flogen die Stücke weit umher.
Und eins davon fiel in ein nahes Gesträuch, hinter dem gerade ein Fuchs lag und schlief. Der sprang auf und lief eilig davon. Da glaubte Hans, es sei sein rotes Fohlen und er rief immerzu: "Hiß, hiß!" Er meinte, wann's müde ist, wird's schon zurückkommen; aber es kam nicht. Hans ging endlich betrübt wieder ins Haus und nahm sich vor, wenn er wieder ein Pferdeei kaufe, hübsch im Stall zu bleiben, damit sein Fehlen nicht entwischen könne.

O Ovo de Cavalo
(Autor desconhecido)
Era uma vez um agricultor chamado Hans, que ia para a cidade, ao mercado. E, quando ele passeava por ali, viu um negociante sentado, que tinha algumas grandes abóboras para vender. Então ele perguntou:
- Compadre, que tipo de coisa é essa aí que você trouxe pr'o mercado?
- Ovos de cavalo – respondeu o outro.
- Ai, que tempos! - disse Hans. - Ovos de cavalo? Eles devem ser bem caros?
- Ora, eles ainda pagam a si próprios – falou o outro. - Olhe só esse marrom avermelhado aqui, ele dá um esplendoroso cavalo de pelos marrom avermelhados e custa apenas dez táleres!
Para Hans, isto não pareceu muito por um belo alazão – e rapidamente ele foi tomar emprestado um dinheiro e voltou ao negociante.
Agora, ele queria saber também como o ovo era chocado, e o outro lhe disse que ele mesmo deveria chocar. E isso levaria quatro semanas inteiras até que viesse um potrinho! Durante esse tempo ele não poderia levantar do ovo, e se alguma vez precisasse, deveria deixá-lo bem coberto e aquecido. Ele também deveria, de preferência, deixar-se alimentar por sua mulher por todo o tempo, para que ele chocasse corretamente.
Hans memorizou tudo minuciosamente e correu com seu ovo de cavalo para casa, onde ele contou à esposa com grande alegria que belo negócio tinha feito. Mal podia esperar até que ela tivesse lhe preparado um ninho. Depois que ela espalhou um fardo de palha no estábulo e fez uma cova no meio para o ovo, Hans se sentou sobre ele – e sua esposa deveria alimentá-lo e ainda despejar em volta mais alguns fardos de palha, para que o ovo se aquecesse corretamente.
Quando finalmente a quarta semana chegou ao fim, Hans se levantou imediatamente, escutando o ovo e batendo sobre ele; mas o alazão não queria se mexer. Então ele não conseguiu mais dominar sua impaciência. Pegou o ovo e foi para trás da casa, onde havia uma grande pedra, contra a qual o bateu. E como a abóbora já estava bem podre por dentro, seus pedaços voaram para todo o lado.
E um deles caiu em um arbusto próximo, justamente atrás do qual havia um alazão adormecido. Ele se levantou de um salto e correu rapidamente de lá. Então Hans acreditou que aquele era o seu filhote e gritou sem parar: “Hei! Hei!” E pensou que, quando o cavalinho estivesse cansado, voltaria; mas não voltou. Hans, finalmente, voltou entristecido para casa e propôs-se que, quando ele comprasse um ovo de cavalo de novo, ficaria direitinho no estábulo, para que seu erro não pudesse se repetir.

Anekdote/Anedota - Heinrich von Kleist

Essa é de uma anedota escrita por Heinrich von Kleist (1777-1811).

Anekdote
Ein Kapuziner begleitete einen Schwaben bei sehr regnichtem Wetter zum Galgen. Der Verurteilte klagte unterwegs mehrmal zu Gott, daß er, bei so schlechtem und unfreundlichem Wetter, einen so sauren Gang tun müsse. Der Kapuziner wollte ihn christlich trösten und sagte: du Lump, was klagst du viel, du brauchst doch bloß hinzugehen, ich aber muß, bei diesem Wetter, wieder zurück, denselben Weg. – Wer es empfunden hat, wie öde einem, auch selbst an einem schönen Tage, der Rückweg vom Richtplatz wird, der wird den Ausspruch des Kapuziners nicht so dumm finden.

Anedota
Debaixo de um tempo muito chuvoso, um capuchinho acompanhava um suábio para a forca. Pelo caminho, o condenado reclamava para Deus, repetidas vezes, que ele devia percorrer um caminho tão amargo, debaixo de um tempo tão ruim e hostil. O capuchinho, que queria consolá-lo de maneira cristã, disse: Seu patife, por que reclama tanto? Você só precisa percorrer o caminho de ida. Mas eu, sob esse tempo, ainda tenho que voltar por esse mesmo caminho. - Quem considerar, como o caminho de volta era desolado, mesmo em um dia bonito, não achará o comentário do capuchinho tão tolo.